sábado, 30 de janeiro de 2010

RESURRECTU


Eclipse solar em 1999
Provavelmente, um dos ciclos mais difíceis de nossas vidas sejam os períodos de transição, de instabilidade, e de sombras.

Os rituais de passagem nem sempre representam os mais velhos preparando os mais novos para seus renascimentos. Quando já somos um pouco mais independentes, e respondemos por nós mesmos, ainda que coletivamente vivamos rituais de passagens assessorados por outros, existem momentos de transição que não são coletivos já que envolvem dimensões únicas e pessoais, e estes momentos únicos são individuais e nos colocam em situação ou cenário absolutamente distanciados de qualquer possibilidade de intervenção coletiva, em que somos exigidos e confrontados com enigmas e desafios que dizem respeito unicamente a nós mesmos.
Neste momentos não adianta gritar: MÃE!!!!!! Ou gritar como Cristo na cruz; OH! PAI, PORQUE ME ABANDONASTES?

Ele sabia que passaria pela provação, mas sentiu o abandono na passagem, a dificuldade e a solidão.

E nós pobres mortais? É um Deus me acuda! É a hora em que a vaca vai pro brejo, que o saco tá cheio de gatos, que a jamanta desce sem freio a montanha russa da existência. Não Há luz para nos guiar. É a noite escura da alma.

É preciso "muita Calma nesta hora!"

Às vezes, na calma, encontramos a paciência, a tolerância para suportar a provação. Pensando bem... Só com calma podemos encontrar o suporte necessário para sair com vida, transformados e renascidos para a nova vida.

Caso contrário a LEI DO SANSARA se apodera e retornamos ao ciclo da repetição. Repetir para aprender.

Esses momentos tão sofridos são únicos em nossas vidas, e provavelmente seja a nossa única possibilidade de ultrapassarmos o ciclo interminável do Mito de Sísifo, eternamente sendo punido e pagando por não superar a passagem de margem, por não atingir o outro lado, por não se permitir morrer para CONQUISTAR A RESSURREIÇÃO.

Cristo renasceu superando a perplexidade do abandono do Pai e conquistou a ressurreição. Sinal de que essa ressurreição é mais do que uma graça divina e resultado da superação, do enigma decifrado, da transição cumprida.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ARMADILHAS


A riqueza é, muitas vezes, mais desejada no mundo do que a própria vida ou a sua plena realização. Ela é um produto da natureza e permite mais que o poder (o maior alvo no passado) pois pode controlá-lo sem ter o desgaste de administrá-lo.
Essa riquesa que antes só era atingida por herança familiar, pela conquista do poder e pelo que poucos que a produziam, hoje pode ser atingida pela capacidade pessoal. A burguesia cresce e democratiza a divisão das riquesas. As oportunidades são inimagináveis na sociedade moderna. Mas ser rico tem suas armadilhas:
A RIQUESA TEM O DEMÉRITO DE TORNAR A PESSOA REFRATÁRIA,
RICA, MAS... REFRATÁRIA.
Naturalemnte existem pessoas que superam essas armadilhas
com a verdade, a disciplina, a integridade. esses se mostram Especiais.
Claro que refratários existem em todas as classes. Se os remediados têm menos possibilidades de se superarem suas deficiências, os ricos possuem instrumental para se aprimorarem, para se cuidarem. Se não o fazem...
O rico corre o risco de se encapsular numa bolha que o protege do comum mortal e o penitencia ao isolamento e à ilusão de ter chegado ao máximo do que a vida pode lhe permitir, a completude. Quase com se fosse aprisionado numa torre como Rapunzel. Ele se torna alvo dos que querem chegar onde ele chegou.
Uma grande armadilha da riquesa é que ela dá ao individuo a chave para se justificar e se blindar na imagem da auto idealização. A posse de bens e riquesas permite ao sujeito se idealizar na autoestima. Ele fica blindado e se torna imutável, perde a flexibilidade neceessária para acompanhar a dinâmica de impermanência do universo. Ele para o seu relógio do tempo, sem perceber que regride enquanto acelera o seu envelhecimento.

Aliás esta armadilha também ameaça os intelectuiais, que encontram no conhecimento e no "saber" a possibilidade de se justificarem em suas neuras, deixam suas buscas de aprimoramente e se escondem na preguiiça do que já aprenderam.

Portas abertas nem sempre representam apenas conquistas. Elas apresentam, proporcionalmente, desafios.
Nunca se ganha de graça. Sempre a vida cobra um dividendo pelo que dá. Se abre uma porta, ela exige do indivíduo uma contrapartida, que não pode ser relevada. Ter mais pode representar mais oportuniddades mas inevitavelmente significa desafios e enigmas que precisam ser superados e decifrados, caso contrário o processo deixa de ser evolução para se tornar regressão, e o preço em geral sai caro para a estirpe.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PENSAMENTOS



O Pensador - Auguste Rodin, 1880

ATENÇÃO!
PARE!
PENSE!
NÃO PENSE!
 EXERCITE O NÃO PENSAR.
O PENSAMENTO É APENAS RESULTADO DE PROCESSAMENTO,
QUE NECESSITA QUALIDADE OBTIDA COM REPOUSO,
NÃO É A CONSCIÊNCIA.

sábado, 23 de janeiro de 2010

FELICIDADE


Click para ampliar


Li recentemente os dados de uma pesquisa que investigou as sociedades mais felizes no mundo, e considerando a multiplicidade de eventos, características, formação cultural, familiar e pessoal, idade, sexo, inserção social e outras variáveis a principio "fora de controle" e que podem determinar o resultado de uma pesquisa, um dado me chamou a atenção e merece uma reflexão.
Quem lida com dados matemáticos sabe que um desvio pode ser fatal, considerando as dimensões de um evento. Por exemplo: um pedreiro que desconsidera 0,5cm numa medição pode encontrar diferenças que aleijam uma construção e impedem fatalmente um esquadriamento correto.
A caracteristica que chamou-me a atenção foi a conclusão de que a felicidade esta relacionada ao nível de espectativa de um povo e de um individuo. Quanto menores as espectativas de uma pessoa ou de uma sociedade maiores as chances de felicidade. e quanto maiores as espectativas maiores as chances de infelicidade.
Naturalmente sociedades mais competitivas induzem individuos a viverem com altas espectativas, já que o aumento dE espectativas eleva o limiar de resistência À FRUSTRAÇÃO, O individuo aprender a suportar as frutrações enf unção de acontecimentos futuros que possam aliviar esses níveis elevados de tensão, resultando da competição, e de estresse.
Se perceberam é um ciclo vicioso; A sociedade competitiva exige excessivamente do individuo, eleva seus níveis de tensão, para evitar o transbordamento do copo, ela valoriza o mediocre, de forma que anuncia que "qualquer um", pode chegar ao topo, o centro da realização e da felicidade. O corpo compensa o fracasso e a frustração com espectativas de uma vida mais realizada no  amanhã, e o sujeito passa a viver em função de um futuro que nunca chega suportando a frustração e a infelicidade no dia a dia.
A equação é perversa e fica mais evidente na infelicidade coletiva: aumento dos níveis de ansiedade, irritabilidade, destrutividade, doenças em todos os matizes possiveis, desequilibrio, desarmonia, dissociações, transtornos, descompensações, violência, etc.

Se a sociedade vive em padrões de menos competividade, são maiores as chances do individuo se relacionar com menos cobranças e usufruir, no dia a dia, com mais prazer de viver.

OBS.: A Photo acima foi recebida por e-mail e não sei precisar a origem

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

SE EU PUDESSE

Hoje ao acordar, consultando um Dicionário, encontrei guardado perdido, dentro do "Aurélio" um presente ganho do Banco Rural. Não sei precisar o ano (1993?), mas foi recebido e guardado pela delicadeza e pela consistência do que diz.
A referência é de que a autoria é de Borges, Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de Agosto de 1899 — Genebra, 14 de Junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico e ensaísta argentino ...
Mas ja li, também há anos atrás, que a autoria não seria dele e sim de uma jornalisra Americana que morava no Chile ou na Argentina, Não sei precisar.


Tem certas coisas que precisamos lembrar sempre lembrar.



















Como ainda não morremos,
Nosso tempo é HOJE
nossa vida é AGORA
VIVAMOS PARA
NÃO TER QUE LAMENTAR.

Ah! Mantive os créditos em consideração à origem do presente.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

VULCÃO


KILAUEA
photo US Geological Survey

Apesar de diariamente me sentir perplexo diante dos acontecimentos que envolvem a sociedade humana. Não possuo ou raramente tenho alguma curiosidade de conhecer algum lugar neste planeta. Mas uma coisa sou capaz de atravessar o mundo para assistir:

 UMA ERUPÇÃO VULCÂNICA.

Taí um fenômeno que me tira o fôlego,
e de saber que abaixo de nós esta estrela arde
encapsulada por uma crostra de apenas 50 kilometros de rocha me deixa

assombrado!

Comparado a esse fenômeno só indo ao Japão para conhecer
a culinária japonesa de cidades do interior da ilha,
que considero absolutamente sofisticada na sua simplicidade, coisa de uma cultura secular.
Por essas e por outras a aventura de viver se faz excepcional.
 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

VERÃO NAS MONTANHAS



Quando a pressão é grande, precisamos equilibrá-las.
Uma paisagem de uma manhâ de verão nas montanhas de Minas
para Refrescar

domingo, 17 de janeiro de 2010

TRAGÉDIA HUMANA


 imagem  BBC Brasil


A seletividade mental muitas vezes pode ser direcionada para um foco negativo e não para o positivo. Se focamos o olhar no negativo temos mais informações para mudar o que precisa ser mudado. Nos permitimos críticos para arrumar, ordenar o que exige organização, rearranjo.Mas essa atitude aparentemente natural pode nos levar a não considerar o que se construiu ao longo dos anos.
 Críticos da modernidade parecem que gostariam que a sociedade humana retrocedesse a séculos passados, como se o passado pudesse ter sido melhor do que a doidera dos nossos dias. Puro romantismo. Nada me indica que sem as conquistas humanas viveriamos melhor nos dias de hoje.
Podem dizer que o modelo de civilização fracassou, que a natureza está destruida e que o caos se aproxima.
Se pensarmos em modelos utópicos de civilização, podemos comparar o real com o imaginário e incorremos em erro já que esta condição imaginária seria estática, e nada me convece que determinado estado utópico se manterial confortavelmente estabilizado pela eternidade. É absuro! mesmo que tivessemos chegado a estados mais avançados nada poderia dar a certeza de estarmos em porto seguro e permanente.
Assim sendo, estando num universo em dinâmica de transformação somos passageiros de uma nave em transição e magnificamente ordenada.
Eu não tenho duvidas, a nossa civilização é FANTÁSTICA.
Poderia estar mais avançada? Sim! poderia, em várias áreas:  Educação e formação Humana; Saúde; Transporte; Habitação; Alimentação; Segurança e Ordem;  Organização Política; Social; Distribuição das Riquezas do Planeta; Proteção do Planeta; Relações Econômicas; Direito e Deveres, Individuais e Coletivos.etc.
Nossa civilização está numa encruzilhada. Um ponto chave e crucial, em que: se não avançar, inevitavelmente retrocederá.
A TRAGÉDIA DO HAITI
NÃO É APENAS UMA TRAGÉDIA DE UM ESTADO DESORGANIZADO,
DE UM POVO POBRE.
É UMA TRAGÉDIA HUMANA.
Uma tragédia que mostra o nosso pior, o nosso despreparo. Mostra a falência e a necessidade de mudanças na organização social do planeta. A falência dos Estados Nacionais. Precisamos de um governo mundial, planetário, que possa gerir e coordenar os estados nacionais para que realmente entremos numa sociedade globalizada.
Precisamos romper as fronteiras ARCAÍCAS do nacionalismo, DO ESTADO NACIONAL e deixar de sermos brasileiros, americanos, franceses, italianos, ingleses, EUROPEUS, AFRICANOS, ASIÁTICOS, AMERICANOS ou o que quer que seja, precisamos NOS UNIR COMO  UM POVO, e assumir o que verdadeiramente somos:

TERRÁQUEOS!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

LIÇÕES



BBC Brasil

Hoje pela manhã, enquanto passeava o olhar pelas imagens angustiantes do Haiti, ouvi um especialista em resgates descrever as etapas do processo de intervenção que se faz necessário, neste momento:
  • Reorganização das Forças que atuam no país
  • Diagnóstico do  corpo institucional;
  • Reordenação de locação, Material, Pessoal, Estruturação e Planejamento;
  • Intervenção no cenário de desastre
  • Organização de locais, em geral grandes espaços (parques, estádios), para proteção das pessoas  e  para que elas parem de circular,  desorientadas pela perda de referências, e que sirva de ponto de orientação espacial, repouso, alimentação e inicio de uma ordenação mental. 
  • Organização hospitalar para atendimento aos feridos;
  • Distribuição de água e alimentos;
  • Enterro dos mortos para evitar proliferação de cenário de risco, proliferação de doenças e epidemias;
  • Estabelecimento da ordem e das regras legais;
  • Limpeza e reestruturação da região.
  • etc...
       Se bem me lembro, essa foi a sequência. A situação primeiramente é trágica, pela morte e destruição  ocorrida e em segundo lugar trágica pela complexidade que envolve reconstruir, reestruturar uma sociedade dilacerada, conflitante, pobre, sem recursos.
       Lembrei-me de 11 de Setembro em NEW YORK: aproximadamente 3000 mortos, em uma sociedade organizada e rica e poderosa que sofreue uma destruição pontual.
      No Haití já se fala em 100.000 ou até 200.000 mil mortos. Que sejam 30.000 os mortos, e ja se terá um cenário devastador para aquela sociedade.
     Mas... uma pergunta me surge: Considerando as previsões catástróficas de ecologistas e estudiosos do clima, e considerando que os desastres naturais serão inevitáveis, o cenário humano no futuro não aparece glorioso.
Que lição podemos tirar deste desastre
para nos prevenir de nos tornarmos o Haiti amanhã?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

HAITI



Registro Terremoto no Haiti

E Derrepente... o que o homem construiu, transformou, ordenou, decorou, BUMMMMMMM, bastou a Terra se aconchegar, desmoronou. Os acontecimentos da sociedade de massa são devastadores. Permanentemente somos atingidos por eventos   trágicos em dimensão coletiva. E não há como fugir , não há como evitar, não ler, não ouvir, não ver. E mesmo que se busque a atitude de refúgio longe do mundo trágico, o ar esta carregado de sofrimento, dor e angústia.
Quantos milhares neste momento sofrem a perda de pessoas queridas. Quantos estão dormindo ao relento ou fora do conforto de um abrigo pessoal. Quantos podem estar feridos, dilacerados no corpo e no espírito. O sofrimento ecoa no ar. Tudo é MULTIPLICADO, AMPLIFICADO. o que torna nossa existência muito mais Dramática. A sociedade global aí está, com seus aspectos positivos e com suas desgraças coletivas. Penso que só podemos nos proteger desta dor, e desta angústia que está no ar, com o recolhimento,com a solidariedade e com a oração.
Podemos até nos perguntar: Fatalidade ou Fragilidade?
A fragilidade atrai o desequilibrio do mundo, aglutina as forças destruidoras.
Teria poder de aglutinar as forças geodésicas?
Não sejamos precipitados achando isto uma tolice.
 "Há mais mistérios neste mundoi do que sonha nossa vã filosofia".
Minhas certezas diminuiram, hoje prefiro as perguntas.
Quiça possa encontrar respostas.

QUE DEUS AJUDE AOS QUE SOFREM!
QUE DEUS NOS SALVE!

sábado, 9 de janeiro de 2010

SOBERBA



Parece pouca coisa, bobagem, bobice, asneira. Mas não o é. Esconde uma postura que em geral pode ser fonte de vários problemas humanos, os Caprichos Autônomos.
 CAPRICHO - sm (ital capriccio) 1 Vontade súbita sem razão. 2 Obstinação. 3 Inconstância, irregularidade, variabilidade. 4 Extravagância em obras de arte. 5 Brio, timbre, pundonor. 6 Esmero, primor. 7 Mús Peça instrumental de forma livre, comumente viva no tempo e brilhante no estilo. A capricho: com capricho, com esmero.
Na psicologia me aparece como um conteúdo autônomo que se origina no amor próprio do EU, e que se manifesta como "EU" sendo apenas um conteúdo autônomo com poder de acionar a capacidade de resposta humana. Na sua formação e constituição absorve conteúdos coletivos originados de Pai e Mãe.

"SOBERBA –

Com a auto-estima tendendo à inferioridade e o complexo avançando e se acentuando nas massas indiferenciadas, o orgulho se projetou como defesa pessoal do amor próprio, contaminando a todos. A maioria contaminada torna relativo o comportamento que cega o sujeito e o incita à mentira. Dentro da sociedade iludida com a imagem, o orgulho é apenas um instrumento que constrói a ilusão do que as pessoas idealizam ser, para aqueles que querem iludir." do livro Manto Verde Jade

Se a soberba tem origem em EM RESÍDUOS AGREGADOS de conteúdo arquetipicos, ela se fortalece na formação de conceitos que permitem ao sujeito se adaptar ao meio e na criação de defesas  que compensam complexos de inferioridade e baixa estima resultantes de inter relações baseadas no domínio e autoritarismo.
Em síntese: se o orgulho  se origina para proteger o sujeito da devastação de relações destrutivas, ele cresce com a formação de defesas neuradas, vaidade, auto-imagem e competitividade. E acaba por paralisar o sujeito no defensivismo escondido atrás de um suposto amor próprio.
A igreja acertou, é pecado Capital.
Simplesmente,
 DEVASTADOR.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

BATALHAS 2




Cabeça de Medusa - 1640 - Galleria Degli -Florença
obra já atribuida a Da Vince


Corremos o risco de ser o nosso maior adversário. 
Talvez seja esse um dos erros que a grande maioria comete sem saber.
 Ao se esconder na arrogância, na vaidade, na prepotência, 
no autoritarismo, não só conquistamos a intolerância como perdemos a referência da verdade. 
Neste momento podemos nos tornar o nosso pior adversário.
 A nossa força passa a ser regida contra nós mesmos, e 
passamos a nos boicotar, nos minar, nos derrotar.
Mesmo que foquemos o alvo no objetivo, estamos tão blindados que 
o facho ricocheteia em nós, para que sejamos destruídos por nós mesmos. 


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

BATALHAS



Laocoonte- sec.I a.c.-
Vaticano


Enquanto isso...
Nós, envolvidos,
nesta luta eterna
contra nossos medos, angustias, desafios.
Em busca de chegar à terra do nunca.
Talvez seja essa uma diferença entre nós e
Michael Jackson:
Ele criou e viveu na Terra do nunca,
e nós encalacrados no tempo do absurso insólito,
da terra do nada.
Ah!
Só nos resta o presente absoluto.
Essa é a única chance que temos de vencer
nossos dragões.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

BEM OU MAL





Se bem me lembro, até os meus vinte e oito anos de idade acreditava na bondade como manifestação natural da humanidade, aquela pensamento religioso (não apenas cristão) de que "o ser humano é essencialmente bom". Como se na origem da criação, o homem fosse um projeto de bondade passível de ser desviado no seu desenvolvimento para o lado do Mal. Desde essa idade reformei, reformulei meus conceitos e vim pensando numa origem ambivalente entre duas possíveis vertentes de formação. Dependendo da suscetibilidade o individuo potencializa um determinado tipo de resposta e pela forma de lidar com a realidade define o caminho de mobilidade de energias sutis ou energias densas, o caminho do Bem ou o caminho do Mal. Independente de questões morais, princípios éticos ou religiosos incorporados. Ou seja, Se coletivamente a humanidade superou o estágio do primitivismo, a base conceitual ja está na gênese, e mesmo que a ONTOGÊNESE REPITA A FILOGÊNESE, nos colocando preparados para partirmos de estágios mais avançados de consciência e conceitos, isso não impede que o sujeito não possa mobilizar, através de suas respostas, estágios menos privilegiados ou primitivos do desenvolvimento, recuando a sua configuração NEUROGÉNETICA.

Didaticamente (para tentar passar o pensamento):

            Ao nascer o individuo recebe a carga para iniciar seus IMPUTS a partir de um estágio, digamos, médio, mas ele pode acionar mecanismos de respostas mais agradáveis, fáceis, nmenos exigentes, mais primários, fazendo-o recuar em respostas para níveis de desenvolvimento menos avançados primitivos ou inferiores.
            Isto coloca a humanidade numa encruzilhada, se a sociedade estiver bem constituída e sólida em suas bases, ao nascer o sujeito será forçado a buscar respostas mais compatíveis com o desenvolvimento coletivo. Caso contrário, o coletivo está sempre suscetível ao surgimento de trogloditas personalistas que produzam coletivamente desastres e por recalques arquetipicos acabem atrasando o processo de evolução humana.  Este me parece mais o retrato do que acontece em nossa Era.

No caso do bem e do mal, além da manifestação propriamente dita como resposta diante do mundo, o que hoje me parece é que o mal é uma resposta resultante de estágios de desenvolvimento primitivos. Não é uma questão de desenvolvimento mental estrutural. Ou seja,  a inteligência não define que o sujeito seja do Bem ou do Mal. A inteligência pode favorecer o BEM, mas depende de características de formação de personalidade e de carácter. Por exemplo: Um sujeito inteligente ( de QI) superior, produzirá respostas equivalentes ao desenvolvimento de sua personalidade, se ele apresenta deformação de caráter suas respostas podem tender para aspectos que priorizem os resultados, se tornando relativas aos propósitos. Podendo então validar atitudes inteligentes, repostas inteligentes ou emocionais, atendendo aos seus requisitos e intenções justificadas emocionalmente.
O que quero dizer  é que mesmo que o sujeito seja inteligente, sua deformação de caráter definirá a sua resposta e não a lógica mental, avaliação de cenários, ou outra coisa. Ele não definirá a partir da inteligencia de principios temores, conceitos morais ou religiosos. Eler definirá a resposta a partir de justificativas que ele encontre para justificar sua ação desastrosa. Ele não sabe mas estará projetando respostas sincronizadas ao estágio de desenvolvimento neuropsiquico em que está referenciado.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

TRAGÉDIA DE ANGRA





Entre tantos acontecimentos nesta tragédia que vitimou tantos,
dois  depoimentos eu garimpei como especiais:

O primeiro relatado em uma entrevista pelo pai da jovem Yumi que faleceu no desastre:
Ela como que prenuncia a sua morte, falando na sua transformação em Ar e em Água.
Mostra sensibilidade
 não apenas poética mas clarividência do seu destino;
 O segundo, de um jovem que sobreviveu, não anotei o seu nome. Ele faz um relato de que:
os sinais tinham ocorrido mas que não tinham sido considerados,
e acrescenta que naquela manhã do dia 31 a pequena praia havia amanhecido cheia de pedregulhos,
e que eles não tinham considerado este evento como importante ou
prenúncio de um desastre. Ele finaliza falando,com consciência,
 que as forças da natureza são maiores e não podem ser desconsideradas.

Simbolicamente penso no evento como " a terra caiu sobre nós".
 Tantas tragédias podem ser sinais para que
 repensemos  nossa civilização enquanto há tempo, enquanto
 a Terra,
 a Água,
o Céu,
ou o Fogo
Não nos transforme em Pó.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

LUTO


Festa para uns,  sofrimento de outros.
E a vida vai seguindo nesta condição dramática e trágica da existência humana.
Por vezes ganhar, Outras perder e sempre convivendo com a tragédia ao re-dor.
No passado  fechava-se os olhos e mantinha-se distância dos acosntecimentos,
Hoje as trágédias são tantas que a qualquer hora nos pega de jeito. Não se pode fechar os olhos.
Acidentes violentos, tragédias climáticas, Drogas, vícios, doenças pandêmicas, fome, frio, falta de recursos. E quando ocorrem, matam às dezenas. Jovens morrem aos montes invertendo o processo natural da vida.
Nos resta solidarizarmos com as famílias, atordoadas e em sofrimento.
Cada vez mais, na sociedade de massa, tudo é multiplicado e o sofrimento abate com mão cada vez mais pesada.
Por isso iniciamos este ano com a dor nos rondando.
Os prenúncios são alarmantes.
                                                      QUE DEUS NOS ABENÇOE!

sábado, 2 de janeiro de 2010

AVISO AOS NAVEGANTES

Ano Novo, Vida Nova.
Fim de Festa.
Hora de trabalhar.
A aproximadamente dois meses estive para encerrar minha participação nos blogs,
posteriormente, me programei para encerrá-los em 31 de dezembro. Mas surpreendentemente fui inundado no dia de fechar os blogs por uma força que me levou a criar um novo blog.

No mesmo dia 31 iniciei a elaboração e ontem no  primeiro dia do ano ja estava trabalhando neste desenvolvimento.Ao invés de encerrar os dois eu parti para criar um terceiro.
Nossa Jornada, agora incorpora uma nova vertente,


Como me parece uma tarefa Hérculea,

Passo a considerar o
Aeternus Femininus
Uma manifestação da "Jornada", tanto quanto o é, a Viagem Onírica, 


Essa "Jornada"
que
tanto tem me exigido em esfôrço, reflexão, e elaboração,
tem enriquecido minha vida. Ou sera que minha vida tem enriquecido a viagem?
De qualquer forma
estarei alternando postangens, de acordo com as possibilidades, acontecimentos, demandas, exigências.
Se não tiver postado em um, terei postado em algum outro ou cocomitantemente. Serão até três possibilidades de postagem, Como páginas de um mesmo propósito.


PORTANTO,

A JORNADA CONTINUA.

não deixem de  ESPIAR,

CONTINUAREI TENTANDO PARTILHAR
 MINHA COMPREENSÃO DE EXISTIR.

Obrigado!

SIGAMOS...