quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ARMADILHAS


A riqueza é, muitas vezes, mais desejada no mundo do que a própria vida ou a sua plena realização. Ela é um produto da natureza e permite mais que o poder (o maior alvo no passado) pois pode controlá-lo sem ter o desgaste de administrá-lo.
Essa riquesa que antes só era atingida por herança familiar, pela conquista do poder e pelo que poucos que a produziam, hoje pode ser atingida pela capacidade pessoal. A burguesia cresce e democratiza a divisão das riquesas. As oportunidades são inimagináveis na sociedade moderna. Mas ser rico tem suas armadilhas:
A RIQUESA TEM O DEMÉRITO DE TORNAR A PESSOA REFRATÁRIA,
RICA, MAS... REFRATÁRIA.
Naturalemnte existem pessoas que superam essas armadilhas
com a verdade, a disciplina, a integridade. esses se mostram Especiais.
Claro que refratários existem em todas as classes. Se os remediados têm menos possibilidades de se superarem suas deficiências, os ricos possuem instrumental para se aprimorarem, para se cuidarem. Se não o fazem...
O rico corre o risco de se encapsular numa bolha que o protege do comum mortal e o penitencia ao isolamento e à ilusão de ter chegado ao máximo do que a vida pode lhe permitir, a completude. Quase com se fosse aprisionado numa torre como Rapunzel. Ele se torna alvo dos que querem chegar onde ele chegou.
Uma grande armadilha da riquesa é que ela dá ao individuo a chave para se justificar e se blindar na imagem da auto idealização. A posse de bens e riquesas permite ao sujeito se idealizar na autoestima. Ele fica blindado e se torna imutável, perde a flexibilidade neceessária para acompanhar a dinâmica de impermanência do universo. Ele para o seu relógio do tempo, sem perceber que regride enquanto acelera o seu envelhecimento.

Aliás esta armadilha também ameaça os intelectuiais, que encontram no conhecimento e no "saber" a possibilidade de se justificarem em suas neuras, deixam suas buscas de aprimoramente e se escondem na preguiiça do que já aprenderam.

Portas abertas nem sempre representam apenas conquistas. Elas apresentam, proporcionalmente, desafios.
Nunca se ganha de graça. Sempre a vida cobra um dividendo pelo que dá. Se abre uma porta, ela exige do indivíduo uma contrapartida, que não pode ser relevada. Ter mais pode representar mais oportuniddades mas inevitavelmente significa desafios e enigmas que precisam ser superados e decifrados, caso contrário o processo deixa de ser evolução para se tornar regressão, e o preço em geral sai caro para a estirpe.

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