quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

BEM OU MAL





Se bem me lembro, até os meus vinte e oito anos de idade acreditava na bondade como manifestação natural da humanidade, aquela pensamento religioso (não apenas cristão) de que "o ser humano é essencialmente bom". Como se na origem da criação, o homem fosse um projeto de bondade passível de ser desviado no seu desenvolvimento para o lado do Mal. Desde essa idade reformei, reformulei meus conceitos e vim pensando numa origem ambivalente entre duas possíveis vertentes de formação. Dependendo da suscetibilidade o individuo potencializa um determinado tipo de resposta e pela forma de lidar com a realidade define o caminho de mobilidade de energias sutis ou energias densas, o caminho do Bem ou o caminho do Mal. Independente de questões morais, princípios éticos ou religiosos incorporados. Ou seja, Se coletivamente a humanidade superou o estágio do primitivismo, a base conceitual ja está na gênese, e mesmo que a ONTOGÊNESE REPITA A FILOGÊNESE, nos colocando preparados para partirmos de estágios mais avançados de consciência e conceitos, isso não impede que o sujeito não possa mobilizar, através de suas respostas, estágios menos privilegiados ou primitivos do desenvolvimento, recuando a sua configuração NEUROGÉNETICA.

Didaticamente (para tentar passar o pensamento):

            Ao nascer o individuo recebe a carga para iniciar seus IMPUTS a partir de um estágio, digamos, médio, mas ele pode acionar mecanismos de respostas mais agradáveis, fáceis, nmenos exigentes, mais primários, fazendo-o recuar em respostas para níveis de desenvolvimento menos avançados primitivos ou inferiores.
            Isto coloca a humanidade numa encruzilhada, se a sociedade estiver bem constituída e sólida em suas bases, ao nascer o sujeito será forçado a buscar respostas mais compatíveis com o desenvolvimento coletivo. Caso contrário, o coletivo está sempre suscetível ao surgimento de trogloditas personalistas que produzam coletivamente desastres e por recalques arquetipicos acabem atrasando o processo de evolução humana.  Este me parece mais o retrato do que acontece em nossa Era.

No caso do bem e do mal, além da manifestação propriamente dita como resposta diante do mundo, o que hoje me parece é que o mal é uma resposta resultante de estágios de desenvolvimento primitivos. Não é uma questão de desenvolvimento mental estrutural. Ou seja,  a inteligência não define que o sujeito seja do Bem ou do Mal. A inteligência pode favorecer o BEM, mas depende de características de formação de personalidade e de carácter. Por exemplo: Um sujeito inteligente ( de QI) superior, produzirá respostas equivalentes ao desenvolvimento de sua personalidade, se ele apresenta deformação de caráter suas respostas podem tender para aspectos que priorizem os resultados, se tornando relativas aos propósitos. Podendo então validar atitudes inteligentes, repostas inteligentes ou emocionais, atendendo aos seus requisitos e intenções justificadas emocionalmente.
O que quero dizer  é que mesmo que o sujeito seja inteligente, sua deformação de caráter definirá a sua resposta e não a lógica mental, avaliação de cenários, ou outra coisa. Ele não definirá a partir da inteligencia de principios temores, conceitos morais ou religiosos. Eler definirá a resposta a partir de justificativas que ele encontre para justificar sua ação desastrosa. Ele não sabe mas estará projetando respostas sincronizadas ao estágio de desenvolvimento neuropsiquico em que está referenciado.

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