segunda-feira, 19 de abril de 2010

THE END

  

TERMINA AQUI ESTA JORNADA
INICIADA A 250 POST ATRÁS.
 AO LONGO DESSE TEMPO
ME MANIFESTEI SOBRE TEMAS DIVERSOS DE NOSSO TEMPO
 E SOBRE TEMAS COMPLEXOS DA PSICOLOGIA HUMANA.
TENTEI PASSAR MINHA PERCEPÇÃO E VISÃO FENOMENOLÓGICA DO SER HUMANO, COM HONESTIDADE E PROFUNDIDADE NECESSÁRIA.
PELO MENOS, PARA MIM,
  FOI UM EXPERIÊNCIA EXCEPCIONAL.
AGRADEÇO A TODOS OS QUE AQUI PASSARAM
 POIS ALIMENTARAM A MINHA ESPERANÇA
 DE UM MUNDO MAIS FRATERNO. 
E SEM ESPERANÇAS
ESSA VIDA FICA SEM A ÁGUA,
 PRISMA,
 QUE PRODUZ O ARCO IRIS
  TRANSFORMANDO A VIDA  NUM DESERTO.

Como último gesto, minha homenagem aos mortos ceifados em suas jornadas terrenas.


queima de tibetanos mortos no terremoto dias atrás.



                                                                 EDUARDO ANDRADE




Manosca

manosca deixou um comentário em "MORTE E TRANSCENDÊNCIA":
parabéns pelo texto como todos os outros nos fazem pensar...
e obrigada pelos momentos dedicados a nos seus leitores.
sinto muito.
abraços.

Minha Caríssima,
se assim me permite,

eu, de coração, agradeço-lhe,

abração!


S I G A M O S.......

sábado, 17 de abril de 2010

MORTE E TRANSCENDÊNCIA

   
Não resta dúvida de que existem dois tipos de humanos: aqueles que não crêem na possibilidade de vida após a morte e portanto não dão valor à vida, e aqueles que acreditam na possibilidade de existir vida após a morte do corpo material e portanto se preparam para este momento derradeiro.

Não nos interessa o primeiro grupo já que consideram a vida apenas o resultado de uma casualidade da natureza e não têm compromisso, a não ser com as demandas pessoais. Para tais seres, o mundo gira ao redor de seus umbigos. Eles são o centro do mundo e o resto que se dane.

Se a vida é determinante para cada ser, e ela o é, a morte é definitiva, pois delimita a vida deixando em suspensão o futuro. A morte é a linha entre o antes e o depois mesmo que o “depois” seja o nada. E por isso a morte nos coloca frente a frente com o maior significado da vida: a sua insignificância se ela for apenas um fenômeno casual.

Claro que todos gostariam que a vida tivesse significado. Mesmo aqueles que não creem na vida após a morte, gostariam que houvesse um sentido para a vida. Talvez assim deixassem de lado a postura de psicóticos desesperançados e hiper-realistas que incorporaram. Parece contraditório? Pois, pois. Por acreditar que a vida é casual são lançados na insignificância de si mesmos, só lhes restando como compensação, brincar de Deus e, sem que percebam, regridem à visão heliocêntrica de mundo onde tudo e todos giram ao redor deles. Brincar de fantasia. Tola infância.

Não houve, é certo, como provar a existência de vida após a morte como gostaríamos, mas dentro do sistema fechado em que vivemos é aceitável que a natureza se transforma e forma seres de todos os matizes numa variedade fantástica. Neste aspecto, como consciência poderemos não sobreviver, mas com certeza faremos parte de outras naturezas conscientes. Infelizmente o mágico é termos chegado ao nível de sermos um corpo complexo em que se formou a consciência que somos. A natureza é permanente, mas a consciência é, aparentemente, temporária. Portanto, só nos resta aproveitarmos esta dimensão para descobrirmos algum portal para outras dimensões, ou banalizar a vida como tantos insignificantes fazem. A escolha é pessoal.

Melhor do que seguir na vida como morto é viver como vivo.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

MEDITANDO... XIII

              




um bom divã para meditação

 
Agora... pegar estrada e seguir,

e... não se deixe consumir pelo fogo do pensamento.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

MEDITANDO... XII

  


 
  A meditação propriamente dita:

 
A porta de entrada é a disciplina mental.

 
O primeiro passo é calar a pensação, silenciar a mente, e isto pode ser iniciado integrando nossos sentidos às suas atenções correspondentes.

 
1. Focar as Atenções:
 
1ª Atenção: ATENÇÃO RESPIRATÓRIA
  • Inspirar... Pausar... Expirar
  • Ritmo tempo devagar e intensidade profunda
2ª Atenção: ATENÇÃO VISUAL
  • Mesmo de olhos fechados temos profundidade tridimensional no campo visual. Focar o ponto profundo, laterais e altura do campo, Passear pelo espaço visível. Uma luz de vela no escuro favorece essa percepção;
3ª Atenção: ATENÇÃO AUDITIVA
  • Na diminuição dos estímulos visuais a atenção auditiva precisa ser mantida e se ampliará dos sons externos para os sons do corpo e da câmara pensante.
4ª Atenção: ATENÇÃO TÉRMICA
  • Na posição de repouso a sensibilidade tátil se ampliará das mãos para toda a extensão da pele e serão mais perceptíveis sensações térmicas ou estímulos originários de mudanças no espaço.
5ª Atenção: ATENÇÃO PROPRIOCEPTIVA (DAS SENSAÇÕES)
  • O desvio do foco das atenções do mundo exterior para o interior ampliará a percepção das sensações e das mudanças da dinâmica corporal
6ª Atenção: CONSCIÊNCIA
  • Integração da consciência das Cinco Atenções.
O FOCO NAS CINCO ATENÇÕES, em princípio, realça a ação invasiva dos pensamentos na consciência, para posteriormente diminuí-los.
 
O individuo pode manter-se em permanente estágio de meditação, independente de onde estiver como e com quem estiver. Neste estágio o que muda são os níveis de atenção e a forma com a qual o individuo se relaciona com o meio em que está inserido.
 
O individuo diferenciado não se deixa ser absorvido pelo meio, enquanto o individuo indiferenciado é pulverizado e sugado pela força do cenário.
 
Você pode estar no mercado mas o mercado fica fora de você.

 

terça-feira, 13 de abril de 2010

MEDITANDO... XI

 CUIDADO! 
TODO RADICAL...SE ACREDITA "SÉRIO". 
   
O LOCAL DA MEDITAÇÃO

O local poderá favorecer a intenção meditativa ou prejudicá-la.

Locais barulhentos dispersam, excitam, assustam, fragmentam, estimulam mobilização de memórias de acontecimentos, acionam defesas instintivas e de defesas, e em geral funcionam como bloqueios de campos sonoros para uma sincronia absoluta com o universo mantendo o corpo como que mergulhado num plasma de turbulência.

A HORA DA PAUSA

Deve ser escolhida de acordo com a realidade do local, se conturbado, procure momentos mais adequados, ou as horas em que o cenário seja mais favorável.

A POSIÇÃO DO CORPO

Procure sempre posição mais confortável para o corpo. Se há dificuldade para posição de lótus não a faça, para não ser motivo de impedimento, de desconforto, que torne a meditação um martírio.

Se deitado, coloque apoio debaixo dos joelhos e procure posição de apoio para os braços.

Na poltrona, escolha uma que permita o conforto, procure  a posição que favoreça o conforto do corpo, mãos, braços, pernas, nuca, cabeça.


Viver pode ser muito exaustivo.

RELAX!

Nós merecemos!



            
 

segunda-feira, 12 de abril de 2010

MEDITANDO... X

 



Possivelmente a maior dificuldade que encontraremos na meditação seja de eliminar o “mercado” interno. A falação, a conturbação dos pensamentos.

O mecanismo que aciona a compulsão mental é o que impede as ondas de sono de induzirem o corpo ao repouso. Em minhas pesquisas sobre o sono e a insônia descobri que a maioria das pessoas não sabem dormir.

Exatamente isso. As pessoas não sabem dormir.

Em geral ela dormem por exaustão, são desplugadas da realidade. A mente desliga o sujeito e ele “apaga”. A meditação é um disciplina que permite à pessoa aprender a entrar em estados mais profundos de relaxamento, e de favorecer ao corpo a entrada em estágios mentais de repouso que induzem o corpo à funcionar em baixa atividade, baixa frequência nos seus ritmos funcionais.

Qual a porta de entrada?

domingo, 11 de abril de 2010

MEDITANDO... IX







SILENCIAR A MENTE

CALAR OS PENSAMENTOS.

 
 

sábado, 10 de abril de 2010

MEDITANDO...




Sentado...

Tranquilamente...

Em Silencio...

Eu Respiro...

e...

Sinto...

a suavidade do Ar

o canto dos pássaros

e me afasto da turbulência das cidades,

do tormentos dos infelizes,

da inquietação dos desassossegados.

  

sexta-feira, 9 de abril de 2010

MEDITANDO... CONTRA O STRESS VII

  Saúde (na ausência de resíduos)
 
Quando retiramos da dieta diária as carnes envenenadas (bovinos, suínos e aves) o corpo inicia um processo natural de desintoxicação, atualização, regulação de seus mecanismos para configuração original de funcionamento.

 
As primeiras consequências são:

 
  • Mudança de paladar; 
  • Tendência de aumento do consumo de frutas por demanda interna do organismo; 
  • Diminuição das pulsões que caracterização sensações de estados compulsivos e obsessivos;
  • Regulação das funções orgânicas;
  • Regulação dos ritmos respiratórios (um pouco mais lentos na recuperação), recuperação de ritmos (frequência e tempo) de inspiração, expiração e troca. A respiração tende a ficar mais longa e profunda. No stress é curta e rápida.  
  • Diminuição da “fome” de engorda, possivelmente causado por hormônios que promovem a compulsão e a insaciedade, (alteração dos sinais bioquímicos emitidos pelo corpo de satisfação e saciedade);
  • Diminuição dos níveis de ansiedade do organismo, decorrente da diminuição do estado de envenenamento do corpo.

 
Aqui o individuo começa a vencer a batalha contra o
  envenenamento,
a ansiedade,
as doenças,
os desequilíbrios,
os tormentos.

 uma das mais significativas variáveis no processo de esgotamento do corpo.
e toma o rumo da

PAZ!

 da CALMA!

e do PRAZER!

Reencontra o sentido de VIVER.




 

quinta-feira, 8 de abril de 2010

MEDITANDO... CONTRA O STRESS VI

   Pirando!!!
Se o corpo padece vítima de alimentos envenenados, hábitos irregulares, vícios químicos, álcool, drogas de todos os tipos possíveis, nível elevado de ruídos, ar com suspenções de micro partículas acima do recomendado ( que já é inadequado pois recomendado nas condições mínimas e extremas) , como se salvar do desequilíbrio?

Pessoalmente, penso que isso é viver em condições inóspitas, levando o corpo ao limite de suas condições de sobrevivência, o que quer dizer que as condições de origem e formação do biótipo do individuo é que determinarão suas possibilidades de resistir à esse impacto devastador da vida moderna.

Qual o limite que o corpo suportará?

• Ar poluído para respirar;

• Intoxicação alcoólica devido aos anos ininterruptos de consumo;

• Ruídos elevados rompendo os limites dos filtros de proteção cerebral;

• Tensão elevada na sociedade competitiva;

• Alimentos com resíduos de agrotóxicos, herbicidade, fungicidas;

• Alimentos com resíduos de hormônios antibióticos, vacinas;

• Hábitos de vida que favorecem o desgaste precoce;

Acrescidos de:

Relações no trabalho desgastante;

Relações afetivas complexas;

Sociedade predadora e competitiva;

Trânsito selvagem;

Pressão econômica;

Saúde sob stress;

Corpo em envelhecimento precoce;

Insatisfação;

Infelicidade;

Frustração;

Agressividade coletiva;

Irritabilidade coletiva;

Como manter a calma?

Corer pra onde?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

TRAGÉDIAS

    Tragédias, climáticas não...Humanas! 

Tem gente que se acostuma, parecem criar criam defesas para se proteger da dor alheia, do sofrimento. Se fazem frios, insensíveis, intocáveis, se mostram distantes. Outros procuram evitar informações sobre o que anda acontecendo pelo mundo. Tudo em vão. Os fatos estão aí neste planeta global

Ontem, temporal no  Rio, enchentes, terremoto em Sumatra, depois do terremoto no Chile, depois do terremoto no Haiti. Antes, fogo na Austrália, enchentes na Ilha da Madeira, fogo na Espanha, Frio rigoroso no leste europeu.

E as tragédias vão se sucedendo. Não são meros acontecimentos ou notícias. Envolvem pessoas, familias, perdas, prejuizos, mortes, dor, sofrimento e desamparo.

Eu me considero resistente, um observador dos acontecimentos, deste que é o meu tempo, o tempo do mundo em que vivo. Mas não há como não ficar emocionado com o que vem acontecendo no nosso em torno, alí... a 20.000 km de distância, dentro da minha casa na tela do computador.

Eu temo, temo pelo que virá, nossos governos são incompetentes e não estão preparados para a proporção e gravidade do que pode vir por aí.
Só para pensar o mínimo nestes tempos de aquecimento global, aquecimento, degelo, água em evaporação, maior volume de água caindo do céu, ventos mais violentos pelos deslocamentos de ar causados pelas temperaturas rigorosas, frio e calor. tempos de baixas e elevadas temperaturas.

Os sinais estão aí, não é preciso ser catástrofista, enquanto isso, só nos resta a compaixão pelos que sofrem, distantes aqui do lado, de imediato, o impacto dessas pequenas mudanças já não mais anunciadas... presentes.  

Só nos resta compaixão
pelos que sofrem,
por nós mesmos.

terça-feira, 6 de abril de 2010

MEDITANDO...CONTRA O STRESS V




Variações do estressado   

Possivelmente um dos mais graves problemas do homem moderno será a sua  alimentação. Se a história humana é uma história de busca de sobrevivência e de luta contra a fome, a modernidade, de certa forma sinaliza para a abundância e fartura, ao menos para a grande maioria dos países. A luta contra a fome parece superada, mas infelizmente a oferta é de alimentos quimicamente comprometedores, alimentos que ainda não estamos preparados para consumir e processar com nossa máquina corporal.
Há abundancia de alimentos agropecuários, mas eles chegam com resíduos de hormônios, antibióticos, fungicidas, carrapaticidas, vacinas e agrotóxicos. O sujeito come e...

“Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.
 Lavoisier
A química aplicada no animal para estimular sua ansiedade e sua voracidade ou aplicada para proteger a agricultura dos insetos se vira contra seu criador é  incorporada por ele. A química do desequilíbrio e do desconforto chega ao homem que a ingeriu indiretamente e seu organismo passa a sofrer as consequências da dessa ingestão assimilação. Adeus saúde, mal vinda seja a ansiedade, e as compulsões estimuladas, e as obsessões incorporadas... E o organismo em desequilíbrio. Saúde precária, inquietação, tormento, desconforto.
Infelizmente não plantamos, não criamos, mas consumimos o que nos chega sabe lá de onde, e o que trás. E de hora para outra a ansiedade surge, a voracidade se multiplica, os vícios absorvem e deixamos de ser donos de nós mesmos. Passamos a ser um projeto de origem desconhecida, um corpo sedento em tormento.
Não há como meditar sem mirar a atenção na alimentação, sem se afastar dos venenos, da química, das drogas.
Meditação tem a ver com saúde,

 harmonia e equilíbrio do corpo.

 A saúde mental existe ancorada no equilíbrio bio-fisico-químico
do corpo.

  “Mens Sans, Corpore Sans”

Renuncie aos venenos escondido nos alimentos e encontrarás a sua saúde.


domingo, 4 de abril de 2010

MEDITANDO... CONTRA O STRESS IV

  variações de um mesmo tema

Para o homem comum pode ser muito assustador se perceber em processo de descompensação. Em geral quando invadidos por delírios, alucinações e fobias não percebem a ameaça mergulhados, que estão nos tormentos. Para muitos o desconhecimento é alento. Mas, muito mais assustadora é a percepção, e a consciência, de perder o domínio da atividade pensante. Pode ser parecido com um motorista que dirige seu veículo, por uma cidade, com controle total da situação, de repente percebe que o veículo não responde mais aos seus comandos, e pior, que perdeu o controle, que a máquina funciona por si só, acelera em excesso, desrespeita as leis e regras de trânsito, segue em direção cega, freia indevidamente, rodopia sem rumo, anda de ré, e segue descontroladamente contra o vento, sem rumo e sem direção.

É aproximadamente o que acontece quando a função pensante passa a funcionar por inércia.O pensamento foi tão acionado e exigido que aprende a funcionar sem o comando do criador, do pensador, passa a funcionar sem precisar ser acionado. O individuo entra em parafuso, porque não consegue paralisar o seu pensamento, não controla mais o que pensa, pensa o que não quer pensar, funciona desimbestadamente, ou seja, como uma besta descontrolada.

Aí... Aquilo que era um prazer, o pensar, um símbolo, a representação da individualidade, da pessoalidade, do EU (ou o próprio), deixa de existir “num contínuum”, passa a vaguear em descontrole, e a representar desconforto. Já não se controla a si mesmo e o pensamento hiperativo passa a incomodar, atormentar.

LOOPING!!!!!

Deus nos acuda!

Este estágio, em geral, sucedeu ou precedeu outros sintomas como a irritabilidade, agressividade em descontrole, o aumento do consumo de álcool ou de drogas, a diminuição do limiar de resistência a estímulos (visuais, auditivos, sensoriais), aumento da reatividade, acionamento da reação de alarme e, consequentemente, todos os seus componentes e alterações físico-químicos, sangue intoxicado por excesso de adrenalina, aceleramento cardíaco, alteração de ritmos respiratórios... ansiedade...pânico!

PÂNICO?
Pânico!

FOIDEUS!

PÁSCOA!

Continua...

sábado, 3 de abril de 2010

ONDAS

Sandra Bullock - Practical Magic
imagem do filme  - Da Magia à sedução - 1998

Quando jovens,somos, como que agraciados, pela introdução, como noviços, na Trama da rede da vida que nos protege de nós mesmos. A não ser que sejamos tão inconsequentes que cometamos erros cabeludos que exigem reparos. Quanto mais tempo vivemos, mas nossa relação com essa trama vai ficando mais complexa. Nossos fios, tecidos como fibras, vão sendo esticados, retorcidos, tensionsados de dentro para fora e de fora para dentro, e aos poucos vão perdendo a elasticidade. Os nós que nos demos já não se desfazem com facilidade, ao contrário, favorecem o surgimento de mais nós, como num novelo de lã deixado de lado, sem cuidados. Cada ação sofridatorna a trama mais complexa e aos poucos o Viço vai se perdendo, a elasticidade já não mais favorece a reconfiguração, e o vigor se perde, e as fibras resistentes deixam de sê-lo e começam por se descontruir,  como gomas ressecadas.

Ah! Jovens... Belos... inocentes e tolos.
Se soubessem como podem ser danosos, na jornada da vida, em suas inconsequências,
seríam mais cautelosos em suas ações, abandonariam a ilusão do tempo que não passa e não cairiam na armadilha desse tempo intemporal.

Agora no final da tarde, desta sexta de paixão, conversávamos, enquanto saboreávamos pipoca, sobre a força das palavras que pronunciamos. Palavras, que apenas como palavras representam a ação mais ineficaz de nossos atos.

Para Einstein qualquer ação projetada no espaço viaja como uma onda pelo universo. o universo interfere em nós e nós interferimos no universo.

Fico pensando num lago tranquilo e numa onda provocada por uma folha que caia sobre ele. As palavras, são como essa folha, podem parecer insignificantes, mas podem provocar, guardadas as proporções, uma tsunami na quietude do lago.

Tendemos a subestimar os acontecimentos por inocência, mas quando agimos desencadeamos acontecimentos que podem ser devastadores.

Muitas vezes as pessoas não compreendem acontecimentos trágicos que devastam suas vidas, porque não conseguem localizar a origem do processo que os desencadearam. As origens que parecem adormecer no passado em que foram desencadeados, varreram o universo, um dia voltam, e reverberam em nossas margens.

Tenho tentando não provocar ondas que produzam tsunamis, escondido neste canto do mundo, tenho preferido produzir brisas suaves que possam acariciar almas delicadas, sensíveis e principalmente conscientes.

Tendo a esperança de que no momento em que for embora e desaparecer nas brumas dessas montanhas, não fique nenhum tipo de rastro, e que minha passagem não seja mais que um aroma de manacá na noite dessas montanhas altas de Minas.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

SEXTA NOSSA DA PAIXÃO

photo by Ines Meloneves
artista plástica
Obra - Santos Enfermos
 
Onde acaba a via cruce, na cruxificação do cristo, reinicia-se o suplício humano. Reinicia-se pois nasce na perda do paraiso, se perde no esquecimento de nossas origens e renasce na perda do cristo. E essa via cruci, jornada terrena, que não cabe em tanta dor e sofrimento, geralmente amortecido, pela maioria, por todo tipo possível de fuga, é que tem sentido essa vida. A busca da libertação, da paz no encontro da harmonia e do amor. Apenas e Simplesmente para que nos salvemos dessa peleja.

O dia de hoje para mim representa uma porta para sintonizarmos o significado da vida.  Sugiro reflexão e para quem quer ouvir uma boa música, indico:



Quando tomamos consciência de nossa insignificância,
 e a ciência  ajuda,
podemos compreender que a consciência e o saber
confortam essa existência trágica, o sentido trágico.

Que Deus, a nós, abençoe.

porque sem ele, o buraco é muito mais fundo... sem fundo.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

NÃO BASTA BONDADE




Não Basta ser BOM. Possivelmente, no passado, a bondade bastasse, como instrumento, para escaparmos com facilidade de grandes provações na vida. Mas a atualidade trouxe junto da modernidade a ampliação de eventos, variáveis, fatos e acontecimentos, das intensidades, dos riscos e aumento das possibilidades de estarmos inseridos em acontecimentos que aparentemente nada tem a ver com a gente.

Paradoxalmente nesse "momento" da sociedade de massa, onde as tribos se multiplicam em quantidade e diminuem em participantes, se tornando restritas como as sociedades secretas, protegidas, nunca na história estivemos tão próximos e tão invisivelmente ligados com desconhecidos que aparentemente não participam de nossas vidas.

As distâncias entre as pessoas aumentaram, pelo numero elevado de indivíduos, mas diminuíram na ocupação dos espaços. Assim, se antes vivíamos em largos espaços ocupados por poucos, hoje estes espaços preenchidos por muitos corpos, aumentaam a proximidade dos elementos e a interação acidental entre eles.

Por isso digo que em nosso tempo não basta ser Bom, não basta a bondade, o mundo moderno nos exige mais. Se antes podíamos viver como em uma ilha, protegidos de invasões numa probabilidade diminuta de cruzarmos o caminho de vidas trágicas, ou de tragédias que não nos diziam respeito, o crescimento e ocupação massiva de pessoas nos aproximaram, de pessoas de todos os tipos possíveis e imagináveis, e principalmente, nos aproximou de seus destinos, de suas tragédias, de seus carmas e até das consequências de suas inconsequências.

A rede da vida ficou mais estreita e sua trama mais complexa.

É preciso compreender isto para não sermos devastados emocionalmente pela imprevisibilidade do mundo e da sociedade. Uma imprevisibilidade que em segundos pode nos envolver nas consequências de ações desastradas provocadas por outros indivíduos, ao nos fazer cruzar caminhos da tragédia anunciada, atraida ou provocada por desconhecidos.

O nosso tempo nos exige mais do que sermos apenas pessoas “bem” intencionadas, virtuosas, generosas, bondosas... Do bem. Esses eram os atributos básicos do homem comum no passado que sinalizavam um bom caminho de vida.

A modernidade nos exige mais. Possivelmente nos exige pressupostos que no passado se exigia de um individuos que se propunham a ser guerreiros, aventureiros, militares, conquistadores, desbravadores: Atenção, observação, prontidão, rapidez nas respostas ao imponderável, disciplina no campo de batalha (dia a dia), resistência, blindagem e suporte e resistência emocional, nos confrontos em que somos envolvidos pela realidade dos acontecimentos.

A religiosidade não é o bastante

Para nos blindar na sociedade moderna.

Precisamos estar mais preparados.

E principalmente, não podemos lastimar nosso destino. Não vangloriar o sucesso ou chorar o infortúnio. Porque os confrontos são batalhas que precisam ser miradas. E nos infortúnios quanto mais ágeis e precisos, mais rapidamente podemos recuperar o eixo e a cpacidade de responder aos desafios.

Caso contrário, seremos devastados por acontecimentos que independem de nós. Destinos que estão no script dos outros, e que foram colocados à nossa frente, em nossos caminhos para que possamos mirar o espelho da vida e aprimorar nossas fragilidades, consubstanciar mudanças e nos preparar para essa certeza definitiva de um futuro imprevisível, misterioso e desconhecido.

Caso contrário, sucumbimos como almas bem intencionadas que apenas servem como matéria para a fornalha do inferno cármico.