terça-feira, 17 de novembro de 2009

CONEXÃO NEURAL



Há momentos na vida em que tudo parece tão sem importância frente ao que realmente importa. Poderia pensar personalistamente que o mundo não me importa ou que pouco me afeta a questão ambiental, e me enredar no meu umbigo, dando importância apenas ao meu mundo egocentrado. Mas não se pode ser tão estúpido. Naturalmente existe a escolha pessoal e podemos relevar o coletivo pagando o preço das consequências. Mas este caminho é o caminho das trevas, pois não é inteligente fazer uma escolha não sabendo o preço que se pode pagar.

Conto uma experiência: à época eu fazia pesquisas com a intervenção de campos eletromagnéticos para investigar a capacidade de memória do corpo, construí uma câmara para aplicar um campo eletromagnético ordenado. Um evento me chamou a atenção especialmente, o individuo saiu relatando que ao longo da experiência lembrou-se de cada impacto traumático que havia sofrido no corpo (cortes profundos e superficiais, pancadas, contusões), havia se lembrado de todos os ferimentos que sofrera na sua vida, como se estivessem acontecendo naquele momento.
Eu posso ter ficado perplexo pela porta que naquele momento abria, mas aquilo para mim foi natural, é como se sempre tivesse sabido daquilo. A matéria tem memória pensei, o passado e o futuro se encontram no presente, como se fossem um fenômeno único, instantâneo.
Lembro-me desse flash para concluir que as consequências podem ser muito caras quando não se sabe o preço que se pode pagar, e é simplismo acreditar que ao fim se morre e ponto final. Portanto só posso acreditar numa corresponsabilidade na conduta da vida pessoal e na necessidade do comprometimento com o coletivo.

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