sábado, 13 de fevereiro de 2010

AGRESSIVIDADE

Doctor Amy Bishop, the assistant biology professor 
photo-Bob Gathany / The Huntsville Times

A Violência se manifesta em qualquer lugar do planeta. Em alguns lugares mais do que em outros, a face da agressão se mostra mais destrutiva. Em forma de Ira, Paixão, Vingança o lado destrutivo do ser humano eclode, não importa a classe social. O que pode ser pior: um africano que dilacera pessoas de tribo rival ou uma neurocientista que mata professores no seu local de trabalho.
Tem muita gente que fica horrorizada com a violência dos pobres e releva a violência dos ricos. A violência é sempre violência, não importa onde, ou quem a pratica. Não há justificativa. Pode-se tentar entender, mas em geral a explosão destrutiva é resultado de uma série de eventos, ao longo de um tempo impreciso. Para mim já é apenas um sintoma de um desequilibrio que se manifesta ou que foi relevado. É a eclosão, como manifestação, da mais densa força humana. Uma força que pode construir ou destruir, que pode mobilizar uma transformação ou que transforma na radicalidade. Imaturação no processo de desenvolvimento ou configuração neural adaptada ao desquilibrio, sem controle.

Por um lado a sociedade fortalece a demanda pela competição agressiva. Induz o individuo a manifestar sua ação ativa e exige-lhe agressividade. Por outro exige-lhe domínio e limites por regras jurídicas severas. Alimenta-o com agro-tóxico e cuida de sua saúde com  química pesada, conforta-o com benzodiazepínicos e regula seu humour com prozacs. Envenena-o. Desequilibra-o e exigi-lhe sanidade.

Continuo acreditando que:
SOMOS O RESULTADO DE NÓS MESMOS,
DE NOSSAS ESCOLHAS,
E CHEGAMOS AONDE FIZEMOS PARA CHEGAR. 

No caso desta energia agressiva, sempre digo:
É uma energia cumulativa, onde o corpo cada vez que a expressa, mais aumenta o seu limiar de resistência à sua mobilização, o que obriga o individuo a despender mais energia para mobilizá-la. Naturalmente a energia será cada vez mais poderosa e destrutiva, e atingirá o estágio manifesto de IRA ( limite destrutivo, vida X morte).
 Por isso, para mim o comportamento agressivo é resultado da formação de um Complexo Autônomo que vai se formando e se fortalecendo cumulativamente. É a formação e constituição de um individuo, pelo proprio individuo, dentro dele. este núcleo autônomo a partir de um determinado limite passa a ter autonomia e passa a se manifestar por si-mesmo.
Uma longa tragetória.

Paradoxalmente a energia agressiva é densa e percorre ocaminho contrário da energia não agressiva, Calma, que é leve e alimenta a calmaria. O individuo agressivo será cada vez mais agressivo e o indivíduo que alimenta a calma, a tolerância, a paciencia será cada vez mais calmo, paciente e tolerante.
a energia não agressiva não é cumulativa ela é refinada. Aumenta o limiar de resistência cada vez que é expressa, ficando mais sutil.

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